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sábado, 7 de abril de 2007

SOLIDEZ

Solidão é olhar para os lados e não ver ninguém
É sentir cheiro vivo em flor morta
É abrir gavetas vazias, olhar a porta
Folhear revistas, desligar a tv,
Verificar que as horas não passam.

Solidão é olhar pela varanda.
E ver que não há ninguém.
É ver luzes, sorrisos e sons.
Tudo sempre muito distante.
É escutar uma música e chorar.

Solidão é essencialmente o sábado e o domingo
Mas também são todos os dias sem presença próxima.
É chorar de saudade, é querer estar perto sem estar nunca.
É jantar de um lugar só.
Uma xícara, uma colher, uma dor.

Solidão é muro
É chave, é o castigo injusto
Crueldade sem medida,
É lágrima que desce sem esforço
São ombros que caem de tristeza
Na solidão consolidada.

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