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sábado, 7 de abril de 2007

DO QUARTO

Atirei meus pensamentos pela janela do quarto.
Vi carros, prédios, praças, serras, morros e tédio.
Não te vi e nem poderia.
Foste enlaçado num sem-fim tormento
De postes, remédios, desgraças, farras, forros e medos.
Estava ali mirando um possível ego
Que sorria sangue para mim.
Não te dei flores e nem poderia
Apenas espinhos deste tormento sem fim
Com mortes, ébrios, massas, marras, morros e fogos
Não te de a mão, não te dei amor,
Sequer um senão, sequer uma dor.
Teu prumo agora sofreE eu, sofreguidão
Saio do quarto.
Adeus, multidão!

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