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sábado, 7 de abril de 2007

A TODO ESSE DESMANTELO

Não se adormeceria
Ainda que soasse este alarme.
E como um estrondo louco,
Houvesse um dissabor em versejar.
E num pouco acalento,
Um falar incomum sem calor,
Que arranca da dignidade
Um sopro qualquer de verdade.
Tormentam todos os sonhos,
Porque são lâmina da vaidade,
E findam em si próprios.
Caem desta mazela
E ainda assim se enaltecem.
Para esconder-se, um tal dela respiro
Sem palavras, nem água nem fogo
Reserve-se ao frio de seu encanto
Emaranhe-se em seu jogo de acre pensar.
Se é lua, se é sol,
Pouco revela, menos importa
Não poderia ouvir a indigente
Posto que é suspeita morta
Nó, dissabor enfadonho...
Tampouco deitar-se entre suas nuvens
Posto que é sonho.

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