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sábado, 7 de abril de 2007

PERGUNTA

Tenho no peito o punhal da saudade
Que não mata, mas fere fundo
E rasga meu amor mais profundo
Sangrando-me triste felicidade
Quando em ti penso, o punhal corta
E a morte se espalha sem fim
Quem sabe ao abrires a porta
Inda reste um pouco de mim.
Se a maldade da infinita distância
não me for cruel em demasia
Cortará na carne minha ânsia
De ver-te, ainda, um dia.
Nesse dia, eterno querer,
Arranca-me o punhal lentamente
Envolve-me em teus braços, dormente,
E faz a vontade morrer.
Quando a lágrima da saudade
Afogar-se em minha alegria
Irei respirar em poesia
O soneto de um amor de verdade!

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