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sábado, 7 de abril de 2007

MENOS DORES E MAIS AMORES

A vida tem desses destinos
De tirar e pôr,
De dar e tomar
De fazer e desfazer.
De viver e de morrer
De sonhar e acordar

Tinha uma dor que doía forte.
E o sangue se espalhava na minha vida
Mas a ela fui me acostumando.
Achando que uma hora dessas,
Talvez em alguma despedida
Tudo fosse cessar...
Como um encanto, um milagre
Algo que acontecesse sem explicação
E que me extirpasse o coração e a alma
No início, sangrava
E eu me punha a chorar.
Calada, doída, cansada
Sequer podia falar.
Travesti-me de tranqüilidade,
Cortei o fio da emoção
sequei o sorriso,
tranquei a sorte e a calma
e fui me convencer de uma ilusão

Mas a dor agora se foi
E eu me pago a explicação
não lastimo, não culpo, nem choro
estou livre da desatenção

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