Páginas

sábado, 7 de abril de 2007

A CRONOS

Tenho medo das tuas palavras
E em que feridas elas irão repousar.
Ainda sano uma dor forte e aberta.
Na premonição incerta da sorte.
Eu temo ouvir e falar
Tememos sorrir ou chorar.
Mas, o que devemos temer
Se a nós, nos cabe amar?
Talvez devamos emudecer
E ceder à maldade cronológica
Mas calar é nos acovardarmos do amor
E, como leões bravos e dóceis,
Pra nós é seja como for.
Pois antes o cravejar da verdade dura
Que o afago da mentira impura.
Se é sincero teu querer,
O que fazer?
Pesa em mim o silêncio,
A dúvida, palavra certa.S
e penso, penso que sei
Sabendo, penso que errei
Mas como esquecer de ti
Se já tomas meu pensamento
Se em ti parou o relógio
Que marca meu sentimento
E, se nos serve de alento,
Preciso saber que horas são
Pois sei que, a partir de agora,
De nada mais saberei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário