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sábado, 7 de abril de 2007

À SOMBRA DE ISMÃLIA

O sol já ia indo
Quando você apareceu
Divina, como sua eternidade misteriosa e complexa.
Acostumei-me a admirá-la ao longe,
Querendo te ofuscar, contemplando os seus desejos
Não era morna e nem possuía a frieza das outras
Mas seu vento prata me encantou
Desde que a vi, pedindo-lhe guarida,
Implorando proteção,
Suplicando uma qualquer coisa
Que nem mesmo eu alcancei desvendar o que é.
E ainda tento.
É você quem me ilumina as saudades noturnas
É em sua toda natureza e zelo que nasce o meu sonhar.
E nesse chover e secar, fui me entendendo por você:
É de todos e de um qualquer, mas, sem nenhum desvelo,
É minha e de uns poucos que a entendem.
Ismália tinha razão em chorar desvairada eu seu castelo
Porque nada mais covarde que olhá-la e tocá-la apenas com os pensamentos.
Tantos...
Nada mais desumano que respirar nosso próprio desencanto.

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