Páginas

sábado, 7 de abril de 2007

AS DORES DO ONTEM

Vejo o Recife com olhos de mar
De um ir e voltar e partir e chegar
Quantas datas, quantos deuses...
Penso na Sete de Setembro,
Lembro da Rua do Apolo
Passam os dias e eu sonho pontes.
Acordo riosVejo solo
Lembro de Tarcísio
E de um sonho bravio
As meninas da pracinha
Do Diario, do Moderno
Tenho o cenário do Savoy
Do que se foi, do que se vai...
O passado?
Se nunca gostei do maltado,
hoje sinto sua falta
Quando olho pra tal Agência Centro.
Algo por dentro me mata
Seguro a mão de meus pais,
Pra atravessar a Rio Branco.
Sou só pranto e desencanto.
O pátio não é o mesmo.
Nem o prédio da AIP.
Não há trens na estação,
Mas algum rasgo de emoção:
Resta-me o português da Encruzihada,
E, lá, sobram-me as segundas-feiras
E o João, diariamente aberto
Para lembrar do Recife
Cada vez que me aperto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário