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sexta-feira, 2 de julho de 2010

E tudo volta ao normal

Eu não estava torcendo contra o Brasil, mas sempre me incomodou o fato de um país inteiro parar para ver um jogo de futebol. Pior do que isso é o claro estímulo à rivalidade com a Argentina em inúmeras campanhas publicitárias e o desrespeito a um técnico que fez as escolhas que julgou cabíveis. Se ele errou, paciência... Quem aqui já não errou nas escolhas? Vi muita gente fomentando a violência, a desunião, o embate! O objetivo não é unir os povos? Para que tanta briga, então? Que bom que tudo agora volta ao normal...

Todos os dias em que havia jogo, eu lembrava aquela música de Raul Seixas:

“O empregado não saiu pro seu trabalho
Pois sabia que o patrão também não tava lá
Dona de casa não saiu pra comprar pão
Pois sabia que o padeiro também não tava lá
E o guarda não saiu para prender
Pois sabia que o ladrão, também não tava lá
e o ladrão não saiu para roubar
Pois sabia que não ia ter onde gastar”


O País inteiro estava parado, quase que uma vagabundagem nacionalmente permitida. Será que tá certo isso?

Não sou devotada ao futebol (e talvez por isso não entenda essa paixão nacional), mas sou, sim, apaixonada pelo país onde nasci, onde vivo e que é uma grande potência econômica mundial. A seleção brasileira faz despertar em todos esse orgulho, esse nacionalismo que vez por outra a gente esquece. Vesti-me de verde e amarelo durante todos os jogos e entristeci-me com a derrota de hoje.

Mas sei que com essa derrota, voltamos à vidinha de antes. Agora só em 2014! E, como a Copa será aqui, não duvidem se for feriado nacional durante o mês inteiro da Copa.

Um comentário:

  1. O ruim é que esquecemos o nosso patriotismo em outras épocas e em outros departamentos. Somos fanáticos até demais pelo futebol.

    Mas vamo que vamo!

    Beijo,
    Tacyana Viard

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