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domingo, 21 de setembro de 2008

MARES

O que hoje me faz estancar
são ondas de um fogo que não amaina,
pois vejo teus verdes onde respiro.
Se houve um assim sentimento,
não me recordo.
Nem quero fazê-lo.

Torturo-me em sonhos inacabados
por não ter permissão em desfazê-los,
com o vento me desalinhando a vida,
seguindo os passos do ontem.
Mas o passado não me basta,
o futuro me nega
e restam alguns instantes
em que repouso minha caneta
na vã tentativa de encontrar-te

Não sei onde andas e se me tens pensado
Não sei

Não te demores neste outono
ou passarei a vida escrevendo meus dias mornos.

O que de mim emana hoje
nem mais são palavras nem versos,
apenas resquícios de todas as dores
que meu sorriso provocou.

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